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Análise do quotidiano, da nossa vida, dos nossos dias, da actualidade e afins... sem filtros e sem preconceitos. Um destes dias iremos ter receitas também...E frase do dia e essas coisas...
Gostaria perdessem um pouco do vosso tempo a ler isto...
O Tempo é algo que não vemos mas existe, não damos conta que ele passa mas sempre o sentimos. Não o controlamos mas ele controla-nos. Isto parece sério mas não é...
O Tempo é usado há muito tempo para muitas coisas... Se o tempo está mau andamos deprimidos e mal-humorados mas, pelo contrário, se está bom tempo então a nossa disposição muda logo, ficamos mais sociáveis e alegres e os noticiários têm sempre uma parte dedicada ao tempo independentemente das tragédias que possam estar a acontecer...
Isto leva-me a pensar que o tempo mascara-se de diferentes tipos...
Há o tipo meteorológico que, como dizia o Markl, desbloqueia conversas no elevador "Ora então o tempo esfriou, não é?" ou enche conversa no barbeiro "Pois diz que vem aí calor sr Pinto...".
Há o tipo financeiro onde os empresários e banqueiros nos dizem que o "tempo é dinheiro" e o tipo económico onde os académicos ensinam que até os custos fixos se tornam variáveis com a variante "tempo" na equação.
Há também aquele tipo de tempo que é uma obsessão na aviação: "temos que tirar os tempos da rotação", o avião tem que sair no tempo (on time), os códigos do atraso do tempo de saída...
Há o tempo sociológico onde todos os indivíduos, ao longo do curso da sua existência vão, na cultura e sociedade em que estão inseridos, substituindo um tempo interiorizado por um tempo que lhes passa a ser cada vez mais ditado por ritmos externos e sobre os quais não detêm qualquer tipo de controlo ( aqui o menino ainda se lembra do que estudou...).
Temos ainda o tipo de tempo ocioso quando andas por aí a passar ou a matar tempo, assim como o tempo filosófico de "dar tempo ao tempo" ou ainda "tudo tem o seu tempo". Há o tempo medicinal "o tempo tudo cura" !!!
Alguns dos mais castiços são o tempo futebolístico com "as entradas fora de tempo", o das causas-desculpas "não fui votar por estava mau tempo" ou "não lavei a loiça porque não tive tempo...".
Marcel Proust dizia que o amor é o espaço e o tempo tornados sensíveis ao coração.
Mas o meu preferido é o tempo histórico. Este tempo consegue relativizar ou fomentar a importância de algo, de alguém e das suas ações.
Desta forma, conseguimos perceber com a distancia histórica do tempo que o Aeroporto de Beja e o Sr Pinto de Sousa foram, ambos os dois, uma perda de tempo e dinheiro.
Com o tempo percebemos que existem pessoas que são fracas, desprovidas de carácter e personalidade... Foram (tempo verbal)... Outras, ao longo do tempo, mostram a sua integridade, a sua essência.
A sociedade muda e adapta-se mas as pessoas, individualmente, muito dificilmente... nem com vírus...
Como diria Manuel Machado (o homem mais citado neste blogue) "um cretino será sempre um cretino"... E olha como o tempo passou...
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