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Análise do quotidiano, da nossa vida, dos nossos dias, da actualidade e afins... sem filtros e sem preconceitos. Um destes dias iremos ter receitas também...E frase do dia e essas coisas...
O futebol de hoje já não me fascina ou atrai.
Está demasiadamente belicista e quezilento. Demasiadas polémicas, demasiados interesses económicos que se sobrepõem aos desportivos e demasiados separatismos. As derrotas são quase sentenças de morte e já não se tem em conta que o futebol é apenas um jogo...
O jogo jogado, propriamente dito, quando bem executado, está no seu auge contudo as novas regras e os VARes tornam o jogo demasiado asséptico e aumentam, ironicamente, as duvidas.
Para mim o futebol sempre foi feito de momentos, lembranças e memórias.
Um jogo só se torna inesquecível quando o vivemos de forma intensa com alguém, quando partilhamos as vitórias e as derrotas com amigos ou com desconhecidos. Por isso é que a malta se junta nos cafés, restaurantes, em casa ou vai em bando para os estádios. E depois podemos recordar esses momentos e partilhar essas vivencias.
Não me esqueço do relato emocionado de um grande amigo sobre a final da Taça em que o seu Vitória ganhou e em que passou os últimos minutos do jogo a chorar com o seu clã... Ou dos festejos do Campeonato Europeu ganho por Portugal onde o meu filho adormeceu no carro em plena Avenida dos Aliados... Ou da festa cá em casa da vitória por 3-1 frente aos bávaros com 2 golos do Cigano (depois lá empatamos 5-0 mas isso agora não interessa...).
Mas, sobretudo, não me esqueço dos sábados que passava com o meu pai a ver futebol Distrital no campo do Ferroviário, da Bela-vista ou no Mário Navega desde os meus seis anos... Bem, futebol via pouco mas aquela convivência era única... E os festejos da taça de Campeões Europeus de 86 são momentos, para mim, irrepetíveis...
Por isso, o momento entre os Conceição neste ultimo fim-de-semana trouxe de volta o meu futebol original, o futebol puro de partilha de momentos únicos e inesquecíveis, das lágrimas de felicidade para mais tarde recordar (como as do Dafrog...).
Sinto falta deste futebol... Caraças estou a ficar velho...
Ivan Del Val
Logo agora que eu queria ir à Dinamarca é que os gajos proíbem a entrada de Tugas? Está mal. Não há por aí uma estatuazinha de um dinamarquês que se possa deitar abaixo? Só tenho pena que D. Afonso Henriques tivesse o GPS avariado e, ao invés de ter ido para sul, não tenha ido por essa Europa acima mandar umas bordoadas bem dadas a esses pseudo vikings. O que nos vale é que ainda temos o Augusto Santos Silva...
Vai daí, li algures que, André Ventura pretende "marchar" pela Avenida da Liberdade acima com uma faixa a dizer "Portugal não é racista". Se calhar a faixa deste Hitlerilas é como aquelas t-shirts, que se vendiam há uns anos, em que dava para usar dos dois lados. Do lado oposto diz "Mas eu sou". Que moral tem um gajo que tem uma coelha chamada Acácia para criticar todos os outros? Coelhices digo eu...
Entretanto está de volta um dos meus desportos favoritos, ler os facebooks dos meus amigos portistas e benfiquistas. É lindo! Ora uma semana são os azuis que gozam com os vermelhos, ora na semana a seguir temos o oposto. Isto da Covid só veio mostrar que, ao contrário do que alguns anunciaram, afinal o ser humano não se reinventou. Ficou escondidinho na gaveta a moer aquela sórdida vontadezinha de discutir pormenorzinhos ridículos que não levam a ladinho nenhum.
Entretanto o Centeno farto de ouvir o Costa perguntar o que havia "para o comer" (cada vez que ouço os meus amigos lisboetas a dizer isto pergunto onde falhou o D. Afonso Henriques) cada vez que chegava a casa, bateu com a porta e pediu o divórcio. Pelos vistos arranjou umas amigas que, todas juntinhas naquela coisa chamada de Assembleia da República, vão-se organizar e fazer-lhe uma festa naquela coisa chamada de Banco de Portugal. Esperemos depois que a mesma amnésia que tiveram Ricardo Salgado, António Mexia e Zeinal Bava nas comissões parlamentares não afecte o Centenozinho...
Raisparta o vírus.
Estou em casa desde o dia 16 de março. Faz hoje um mês. Quinze dias a fazer de co-professor do miúdo que passou a ter aulas em casa. Porreiro pá.
Depois a empresa mandou todos para casa em layoff um mês porque as máquinas deixaram de voar... Não se sabe até quando... Raisparta o vírus. Entretanto o sr. Costa diz que as escolas não abrem mais e os putos estudam à distancia... Lá estou eu a fazer de professor assistente a um tipo que, agora, já sabe mais de Microsoft Teams que eu... O fundo das videochamadas do gajo é uma praia paradisíaca... E ontem já ensinou estas cenas aos professores e amigos... Lá se foi a vantagem informática...
Raisparta o vírus... Como é que uma coisita, que se parece uma daquelas bolas de borracha que damos ao cão para que deixe de roer a instalação elétrica do jardim, conseguiu mudar esta merda toda... E se a vida já não andava boa a partir de agora, jasus!!
Raisparta o vírus... A política, o futebol, a imprensa, as pessoas ficaram com a vida de pernas para o ar... Até a mim me deu para escrever estas coisas porque deixei de poder massacrar os meus amigos com as minhas merdas...
Raisparta o vírus... E o Centeno que ia para o Banco de Portugal? Eish, coitado. E o Costa que ia ter o excedente orçamental? Eish, coitado. E o Rio, e a Joacine, e o Ventura, a Catarina e o gajo com olhos de banzado do CDS? Eish, coitados. E o Porto que ia ser campeão, e o Benfica que ia vender o manel por 125 milhões, e o Sporting que... pois, e o Marega, e uuuuu Vitória, e a seleção???
Raisparta o vírus... E agora? Quando é que o Migas vai nadar? Quando é que a Suzi vai ter unhas? Quando é que o ruca vai beber agua que arde? Quando é que o tio Nerso vai ao ginásio? Quando é que o soninho acorda?
Uma coisa é certa, e parafraseando esse grande utente da N105 e linguista do futebol nacional - Manuel Machado, "um vintém é um vintém, um cretino é um cretino".
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