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Ode à mediocridade

por Nunovsky Ops, em 23.01.21

Em 1975 o general Otelo Saraiva de Carvalho foi de viagem oficial à Suécia, acompanhado por Rosa Coutinho. Na altura Otelo era comandante do poderoso COPCON. Reza a lenda que conversa com o primeiro-ministro sueco Olof Palme, Otelo teria dito com orgulho que em Portugal já tínhamos acabado com os ricos. Palme respondeu que, na Suécia, preferiam acabar com os pobres.

Em Março de 2020, aquando do primeiro confinamento geral, o Governo fomentou o ensino à distancia quer através da tele-escola quer através das plataformas digitais. A estratégia tinha óbvias falhas mas estas eram desculpáveis pela urgência e pelo inusitado do momento. Os alunos do ensino privado, com sistemas já implementados, obtiveram uma maior normalidade no processo de ensino (posso atestar por experiência própria).

Muitos alertas foram feitos para diminuir as assimetrias e as desigualdades do sistema. O Governo do sotor Costa e do sotor Rodrigues logo trataram de anunciar um programa ao estilo Magalhães 2.0.

Muitos meses passaram sem que nada se voltasse a ouvir (fosse o que fosse) sobre a atribuição de computadores e internet para todo o ensino publico. Apenas que estava fora de questão voltar a fechar as escolas.

Mas, surpresas das surpresas, as escolas fecharam. E o que fez o nosso Governo? Proibiu as aulas presenciais e online para todos.

Quais foram os critérios? O vírus não é informático e com os alunos "presos" às aulas online não andam nas ruas... A razão trata-se somente de uma opção ideológica para camuflar a incompetência e a inexistência de medidas equitativas que assegurem a igualdade de acesso à Internet e a computadores a todos os alunos.

Ao proibir as aulas online durante o confinamento decretado, o Governo não fez mais que nivelar por baixo todos os alunos... Bem-vindos ao PREC.

Cid

 

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publicado às 20:57



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