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Análise do quotidiano, da nossa vida, dos nossos dias, da actualidade e afins... sem filtros e sem preconceitos. Um destes dias iremos ter receitas também...E frase do dia e essas coisas...
Quando tive a ideia de escrever sobre este tema tinha a intenção de "rasgar de cima a baixo" esta excentricidade eleitoral portuguesa patrocinada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Sim, os pandegos da CNE, agarrados aos idos anos 80, acham que a malta cá do burgo precisa de um dia livre de noticias sobre os candidatos para pensar bem em quem vai votar.
Eu não tive essa sorte porque votei antecipadamente. Tive de suportar o bulling comunicacional dos debates: a máscara do Marcelo, os lábios vermelhos da Marisa, o discurso do Cassete Cunhal, as caretas da Ana (Herman és tu?), os grunhidos do outro, as analogias calceteiras do Tino e o coiso do Liberal... Basicamente votei por cruz...
Hoje cheguei à conclusão que o dia de reflexão é importante.
Podemos reflectir sobre as causas do confinamento obrigatório, sobre as eleições decorrerem em apenas um dia, sobre as escolas não terem ensino à distancia, sobre o planeamento da pandemia, sobre o SNS, sobre o nosso comportamento cívico, sobre o estado do tempo amanhã e, sobretudo, podemos reflectir como em 2021, no decorrer de uma pandemia global, ainda votamos como em 1982...
Reflictamos então...
Gregório Cunha / LUSA
Aqui no Norte, quando nos deparamos com algo ou alguém excepcional dizemos que é algo/alguém do cara$#%. Parece depreciativo mas não, pelo contrário é um sinal de muito apreço e admiração.
Pois Portugal também é um país do cara$#% mas, infelizmente, bipolar.
Hoje fui exercer o meu dever cívico de votar antecipadamente. Por um lado por causa das medidas sanitárias, por outro porque na data das eleições estarei a trabalhar.
E se pensava que seria algo rápido (fui às 08:30) desde logo fui instruído pela dura realidade de estar numa fila a contemplar os jardins e os carros cobertos de gelo...
Mas que processo arcaico e burocrático meus senhores....
E então porque é que Portugal é bipolar?
Temos as Websummits, o Simplex, o Magalhães, o StayawayCovid, o Teams, o Zoom, temos a melhor e mais funcional rede de multibanco do mundo, a app.gov.pt, a e-fatura etc... e ainda votamos com uma folha de papel que é preciso colocar dentro de um envelope branco que por sua vez entra num envelope azul em que depois é colocado um autocolante mais um comprovativo de voto antecipado...
E nem vou aflorar a questão dos cadernos eleitorais em papel...
Isto interessa a quem? Esta forma de votar dá jeito a quem? À CNE??
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