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GOLDFISH

por Dafrog, em 27.11.23

Quando fui convidado para entrar neste blog por aquele que é, sem dúvida, um dos meus melhores amigos (gosto de o tratar por irmão tal é a nossa amizade), corria o ano de 2020. Longe estaria de imaginar que a minha vida iria dar uma volta tão grande que, hoje, ao fim de 3 anos e após um interregno nos nossos textos, estaria aqui a escrever-lhe a agradecer todo o apoio e camaradagem que sempre me deu. Nem todas as palavras ditas e escritas seriam suficientes para tal.

No início de 2022 fui “presenteado” com um enorme murro no estômago. A pessoa com quem tinha partilhado os últimos 23 anos, de forma inesperada (ou não) decidiu partir em busca de algo diferente. Queria ser “livre”, queria “voar”. E assim foi. Boa viagem. Desde o primeiro minuto, o meu “irmão” esteve do meu lado. Não houve um dia que não me ligasse, nem que fosse para me ouvir a destilar sem dizer uma palavra. Mas palavras foram o que nunca lhe faltaram. Quando poucos meses depois, pois o Universo não dorme, fui presenteado com um reencontro improvável, ele estava lá também. Dizia que as pessoas que merecem têm, de uma forma de outra, aquilo por que sempre procuraram: o Amor.

Eis que, numa das nossas inúmeras conversas, ele me convence a ver uma série “do melhor que alguma vez podia ver”. Mais uma vez não defraudou as expectativas. Após algumas semanas de dúvidas lá embarquei na aventura de assistir a TED LASSO. A série produzida, realizada e interpretada por Jason Sudeikis conta a história de um treinador de futebol americano (chamar futebol a um desporto que se joga com as mãos é complicado) que é convidado para treinar uma equipa de futebol (o verdadeiro) em Inglaterra. Desenganem-se aqueles que pensam que a série é sobre futebol. É muito mais do que isso. É sobre pessoas e as suas diferenças, os seus medos, os seus problemas, aas suas idiossincrasias, a saúde mental, o saber perdoar e o Amor. Logo num dos primeiros episódios, após um passe falhado de um dos seus jogadores, Ted chama-o à parte e diz-lhe: “Sabes qual é o animal mais feliz do mundo? O peixinho-dourado. Sabes porquê? Porque tem somente 10 segundos de memória. Sê um peixinho dourado e esquece os erros”.

São os erros e as imperfeições que fazem de nós o que somos. Se o fizermos uma vez e aprendermos a ultrapassar, a perdoar e a não repetir seremos melhores versões do que somos actualmente. É assim que hoje vivo. A Amar intensamente aquela que é sem dúvida uma pessoa maravilhosa, uma mãe preocupada, uma amiga verdadeira, a namorada mais bonita do mundo. A saber perdoar quem comigo erra e a saber perdoar-me dos erros que cometo. A dar valor a pequenas coisas que juntas fazem desta única vida um caminho inigualável. Chegou o meu momento de te dizer “irmão”, be a goldfish…

P.S. – Quem quiser ver esta série terá de o fazer através da Apple Tv+, ou num dos inúmeros sites de pirataria que por aí pululam….

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publicado às 08:47


6 comentários

De Anónimo a 29.11.2023 às 13:22

o

De Anónimo a 29.11.2023 às 13:23

Então anda a sugerir aos outros os filmes que devem ver!
Já pensou que sugere aos outros o que eles não precisam.

De Anónimo a 29.11.2023 às 13:44

Cada um sabe do que precisa. Quem quer vê quem não quer passa à frente. Uma sugestão é mesmo isso, uma sugestão. Só em mentes muito fechadas é que uma sugestão passa a ser uma obrigação.

De Anónimo a 30.11.2023 às 12:49

Cada um sabe do que precisa está errado quando isso se aplica a futilidades. As pessoas precisam de se alimentar, de ter saúde, de ter uma casa e uma família. Mas não precisam de ver filmes e muito menos de outros a sugerirem filmes.

Quem pensa tem de reparar que em geral as sugestões são para assuntos fúteis. Será isto apenas uma coincidência?

De s o s a 29.11.2023 às 20:49

narrativa positiva, com o reforço-novidade do peixinho dourado.
È explicito na defesa, alertando : nesta unica vida.

Se o faz demasiado simples, ainda bem, é fruto da magia que vive.

De João a 01.12.2023 às 07:25

Perdão não existe. O que existe é a adaptação a uma nova circunstância. O ser humano é uma complexidade irredutível perante um peixinho dourado. Andar atrelado a valores absolutos é o mesmo que aceitar a ilusória evidência do livre arbítrio. Somos determinados nas ações por causas que habitam o inconsciente. Não adianta não lembrar. Está lá e age quando menos consciência temos.

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