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Análise do quotidiano, da nossa vida, dos nossos dias, da actualidade e afins... sem filtros e sem preconceitos. Um destes dias iremos ter receitas também...E frase do dia e essas coisas...
A mais recente entrevista do Presidente Marcelo, feita pelo futuro ex-jornalista Miguel Sousa Tavares, serviu de aviso a António Costa. No entanto, o senhor da bazuca, prontificou-se a empurrar com a barriga qualquer mal-entendido que houvesse em relação a quem, como, quando e porquê irá gastar tantos milhões: o Governo.
Nada mais correcto diria a maior parte das pessoas. Nada mais errado dirão uns poucos que, como eu, estiveram atentos à recente campanha para as eleições autárquicas. Há uns anos, Costa terá dito que quando “andava sem gravata era o Secretário Geral do PS, mas quando tinha gravata era o Primeiro-Ministro que estava a falar”. É certo que sempre que Costa andou em campanha raramente ou mesmo nunca apareceu de gravata, o que me leva a supor que era o primeiro da já referida dicotomia Dr. Jekyll e Mr.Hyde. E é mesmo aí que nos leva a palavra dicotomia. Uma dicotomia é uma divisão de um todo em duas partes, ou seja, esse par de partes deve ser conjunto exaustivo: tudo deve pertencer a uma parte ou a outra, e mutuamente exclusivo: nada pode pertencer simultaneamente a ambas as partes.
Chegamos porém à conclusão que, sem gravata, Costa diga que vai fazer tudo e mais alguma coisa com os “milhões da bazuca”, desde hospitais a creches, estradas, estradinhas, comboios, aviões, apoios sociais, desde que votem no PS. Com gravata, já afirma que o o dinheiro que chegou (ou chegará) da Europa, é do país e “todos temos de estar preocupados em assegurar que cada cêntimo é gasto com a maior eficiência, com a maior transparência e sem qualquer suspeita de corrupção".
Este Primeiro-Ministro da moda saiu-me cá um galhofeiro…
Os chalupas
Neste ultimo ano e meio, sofremos na pele a existência de uma doença que veio para ficar. Queiramos ou não ela existe e mata. O que também mata são os chalupas, de ambos os lados.
Não sou médico, mas de louco tenho um pouco. É certo que não chega para andar por aí a dizer baboseiras e a manifestar-me contra uma evidência que é uma doença contagiosa. Nem tão pouco para fazer dessa doença a pior coisa do mundo.
Fernando Nobre decidiu, por estes dias, ser tão chalupa quanto parecia, quando concorreu a umas eleições presidenciais. O médico cirurgião, fundador da AMI (Assistência Médica Internacional) organização não-governamental, discursou durante quase meia hora, em frente à Assembleia da República, num evento organizado por chalupas. Além de ali estarem a contestar as medidas do governo de Mao Tse Costa, a maior parte contesta mesmo a existência de tal doença. Assoberbado por tanta inteligência o caro Nobre decidiu embarcar numa viagem sem regresso. Desde a cura à doença que teve (estranhamente foi Covid), ao tratamento com aquele remédio que o brasileiro chalupão usou, tudo valeu para o Dr. Nobre fazer valer as suas…ide…opin…baboseiras.
Mas por estes dias (ou largos meses), muitos são aqueles que de uma forma mais ou menos pitoresca, têm alimentado esta organização de chalupas unidos. Um dos mais famosos é o célebre Rui Fonseca Castro, AKA, o juíz negacionista. Ele leva tudo à frente, incluindo uma pequena réstia de inteligência que podia aproveitar. Desde chamar pedófilo ao amigo do Paulo Pedroso, ameaçar polícias com ar de quem é o rufia lá da rua dele, combinar “faites” pelo Facebook com gajos “licenciados” em Krav Maga, tudo vale para este valentão.
Claro que tudo isto é cíclico. Há 100 anos, durante a Pandemia da Gripe Espanhola, também já havia chalupas. É verdade! Eram os chamados Liga Anti-Máscara. E muitos deles, atente-se, usavam a máscara no…queixo! Claro que tudo isto passava-se em São Francisco (dos Estados Unidos da América Chalupa). Nem nisso somos bons, temos sempre de copiar os outros
Um dos meus desportos preferidos, desde sempre, é a observação d comportamentos.
Sempre que estou num café, restaurante, numa sala de espera ou quando ando de metro gosto muito de observar a fauna e flora dos locais (será uma tara voyeurista?) em vez de afundar no ecran do telemóvel...
Um destes dias fui à baixa de metro. Já não andava desde que a pandemia iniciou... e que regalo foi.
Numa das estações depois de Rio Tinto (aquelas que servem aqueles campos de cultivo) entraram dois comparsas que tiveram este diálogo:
"- Esta gera que está toda indiguenada com aquela merda que fizeram ao Ferro Rodrigues, (e benhe, que o home tambenhe tem direito), também se indiguenou quando fizeram o mesmo ao Passus Cuelho quando a mulher estaba cum cancro?" (mais uns palavrões a fazer de virgula...)
"-Era o que faltaba, caral#%... Quéque u cu tem a ber com as calças? A mulher du Passus nunca tebe uma boa cor e o gaijo foi o culpado de quase tudo que se passou nos últimos 50 anos ou mais... Tem as costas largas... Ainda o boum buscar outra bez..."
Priceless...
O país real ao vivo e a cores...
Indignado.
É assim que me sinto.
Num país onde a capital vive em pequenas bolhas e onde nas principais metrópoles é norma a indignação, resolvi aderir a esta nova moda e indignar-me.
Desconheço se temos de ir a algum guichet fazer a inscrição ou então ir a alguma rede social para poder intitular-me um "indignado" encartado...
E porque é que me indignei, deverão estar a perguntar (isto se ainda estiverem a flagelar os olhos a ler isto...)?
Indignei-me porque no espaço de uma semana a televisão e o governo mataram a minha ilusão de pertencer à classe média.
Senão vejamos: no inicio da semana o Miguel Sousa Tavares declarou que qualquer recém-licenciado começa a sua vida laboral a ganhar 2700€... 2700€!! Eu que já ando nestas lides há já algumas primaveras, que supostamente ganhava bem por pertencer a uma empresa grande e que tenho formação superior, nem de perto (quanto mais de longe) chega à conta no final do mês 2700€...2700€.
Eu sei que em certas elites e substratos da capital é usual começaram por baixo... por 2700€...2700€... mas no país real não...
Por norma sou um tipo optimista e tento ver que qualquer adversidade poderia ser pior... Posso não ter como salário base 2700€ mas o puto anda num colégio privado... "Devo ser da classe média ainda", pensei eu, e fiquei aliviado... Todos os anos são 4400€ de propina a que se junta o preço dos livros que não são de borla... Lá se vão €4700... Podia ser pior...
Ainda me estava a refazer deste estilhaço na minha auto-estima quando vi a entrevista que o Ministro da Educação deu à Lusa... Então não é que o xôr ministro disse (sem se rir) que cada aluno representa um custo anual de 6200€ ????... Os alunos das escolas publicas ficam mais caros que os do privado...
Foi a machadada final na minha ténue esperança de ser da classe média pois mesmo que, com os meus impostos dê 500€ para o Ministério da Educação, mesmo assim fico com uma diferença de 1000€ (4700+500=5200-6200=1000).
Definitiva e oficialmente faço parte dos remediados deste país... E por isso indignei-me. Pode ser que ganhe alguma coisa com isso...
Mas podia ser pior...
Os tipos que têm os miúdos no Rosário ou no Efanor da Sonae pagam €5200 de propina anual e pensam que lá é que é bom... Não é... Todos gostamos do mais caro...
Amigos, os putos da C+S de Alguidar de Baixo custam 6200€...
Pumbas choninhas...
Lucília Monteiro
Ele há coisas que me conseguem tirar do sério.
(Sempre quis começar um texto com a expressão "ele há coisas...")
A injustiça é daquelas coisas que me faz mal ao estômago. Defeitos...
Hoje estava a passar os olhos pela imprensa digital e dei por mim inquieto...
Então não é que duas pessoas alegam não estarem bem a nível emocional e psicológico
e, como é óbvio, dizem que não querem participar no evento mais importante das suas
carreiras e, consequentemente, das suas vidas.
E aqui vai a injustiça: a primeira, por ser ginasta, recebe apoio e empatia; a segunda, um ex-banqueiro, é olhada de lado e com desconfiança...
Critérios...
Que rica (in)justiça...
Faleceu Otelo Saraiva de Carvalho. Um dos capitães de Abril.
Alguém que se algum dia chegasse ao poder seria apenas mais um ditador.
Paz à sua alminha.
Ah... Já cheira a férias!!!
Pelo menos a bola vai começar, o país já começou a ir a banhos, a diáspora vem cá ao burgo, o Tony Carreira já começou os concertos e a oposição fechou para balanço...
No debate do Estado da Nação entre o Governo e a bancada do PS vimos que a malta da oposição tem mais que fazer que pensar nisto que se diz país e está mais preocupada com as autárticas (com a excepção da Cecília Meireles...)
E pelos vistos o país está espectacular... E recomenda-se... O que de mal existe, já se sabe, é culpa do Passos que deve ser, para aí, o segundo governante da história de Portugal (antes dele foi o Afonso Henriques...).
Os "novos" DDT's (os socialistas) vieram trazer a luz ao obscurantismo que tolheu este jardim à beira mar encalhado...
Mas podíamos jogar ao "suponhamos"... E começa assim:
E agora deixemos-nos de imaginar... Isto aconteceu com um Governo de esquerda com o apoio das esquerdas...
Mas o importante são as coisinhas e a espuma dos dias... E a bola...
Será que a Ângela Merkel não quer vir para cá na reforma?
No sábado passado, a Inglaterra foi derrotada pela Itália, na final do pior Euro de sempre, da história dos Euros, em pleno Estádio de Wembley.
A D O R E I !!!
Adorei pelo facto de todos aqueles que morreram em Heysel Park, em 1985 numa final da antiguinha Taça dos Campeões Europeus, que opunha o Liverpool contra a Juventus. Nesse dia, adeptos ingleses invadiram o estádio levando a que centenas fugissem em pânico levando a que morressem 39 e mais de 600 ficassem feridos com gravidade. Aquelas imagens horríveis nunca mais me saíram da cabeça. Quando no dia da final no passado domingo, os bifes, do alto da sua cagança invadiram as imediações de Wembley e tentaram à força entrar no estádio, temeu-se o pior. Mas felizmente não passou de uma tentativa. Se calhar estão a precisar que a UEFA lhes relembre do que é um comportamento exemplar com mais uns aninhos fora das ligas europeias. Isto para não falar da falta de respeito que é assobiar e vaiar um hino de outro país (como fizeram contra a Alemanha). Essa sim uma ofensa do mais reles que pode haver.
Sempre gostei da cultura inglesa, do punk-rock, do brit com (o mais negro possível por favor), da pontualidade dos ditos, do fish and chips, das pints, dos cânticos nos estádios, do polite embora a soar a sarcasmo, and so on and so on…. Mas não gosto da presunção dos bifes, aliada à velha cultura hooligan do quero, posso e mando. Por isso é que no domingo torci pela Itália como se fosse a minha equipa. Foi giro ver adeptos, alguns dias antes da final, a fazerem tatuagens como a que se segue:
Ou a célebre frase Football is comming home, rapidamente apropriada pelos nossos irmãos mediterrânicos e transformada na bela Football is going Rome!
Ver a Inglaterra a perder é mais do que um hobby, é um estilo de vida. Que o diga o Ricardo quando em 2004 defendeu um penalti sem luvas e a seguir fez o check-in de volta a Londres a uma equipa onde jogavam Beckham, Rooney, Owen, os manos Neville and so on and so on…
Ver a Inglaterra a perder é uma das razões de respirar, é ver algo de bom num mundo cruel cheio de vigaristas, é como abrir a maior prenda debaixo da árvore de Natal quando éramos crianças, é como um abraço daquele que amámos, é tudo aquilo que alguma vez quiseste, é tudo aquilo que alguma vez precisaste.
Arrivederci you fucking lads…
Querida Fernanda Câncio, ex-namoradinha do Sexy Platina do CM, não sejas assim tão invejosa. Bem sei que a Lenka da Silva, do alto dos seus 46 anos, tem muito mais para oferecer do que tu. Se és assim tão defensora dos direitos das mulheres e do feminismo que tanto apregoas, devias ter sido a última a criticar a roupa usada por outra dos teus pares. Aconselho-te à leitura do seguinte texto, à semelhança do que faziam os médicos no séc.XIX quando usaram vibradores para "curar a histeria" das mulheres de então. Desconheço o autor do seguinte:
O orgasmo feminino é uma coisa da qual as mulheres percebem muito pouco, e os homens ainda menos. Pelo facto de ser uma reacção endócrina, que se dá sem expelir nada, não se apresenta nenhuma prova evidente de que aconteceu, ou de que foi simulado (a não ser que ela domine a arte do squirt, mas isso é outro assunto). Diante deste mistério, investigações continuam, pesquisas são feitas, centenas de livros são escritos, tudo para tentar esclarecer este assunto. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos na qual se mediu a descarga eléctrica emitida pela periquita no instante do orgasmo. Os resultados mostram que, na hora H, a pardaleca dispara uma carga de 250.000 micro volts. Ou seja, 5 passarinhas juntas, ligadas em série na hora do “ai meu Deus”, são suficientes para acender uma lâmpada. E uma dúzia é capaz de provocar a ignição no motor de um Carocha com a bateria em baixo. Já há até mulheres a treinar para carregar a bateria do telemóvel: dizem que é só ter o orgasmo e, tchan… carregar. Portanto, é preciso ter muito cuidado porque aquilo, afinal, não é uma rata: é uma torradeira eléctrica!!! E se der curto-circuito na hora de “virar os olhos”? Além de vesgo, fica-se com a doença de Parkinson e com a salsicha assada. Preservativo agora é pouco: tem de se mandar encamisar na Michelin. E, no momento da descarga, é recomendado usar sapatos de borracha, não os descalçar e não pisar o chão molhado. É também aconselhável que, antes de se começar a molhar o biscoito, se pergunte à parceira se ela é de 110 ou de 220 volts, não se vá esturricar a alheira.
Já não escrevia aqui há algum tempo...
Andava demasiadamente ácido para pôr a alma na escrita... Acontecimentos recentes centraram o foco no essencial: a vida.
Assim, não vou escrever sobre a espuma dos nossos dias: da bolha em que a nossa elite vive, do ministro Cabrita, do Lisboagate ou do famigerado vírus...
Há quatro anos atrás vivemos uma das páginas mais negras da nossa história recente... Em pleno séc. XXI, um violento incêndio em Pedrogão Grande provocou a morte a 66 pessoas, destruiu cerca de 500 casas e 50 empresas.
47 vitimas mortais foram numa estrada municipal, cercadas pelas chamas...
O presidente do Observatório dos Incêndios Florestais diz que a floresta volta a estar em condições par, numa conjugação ideal de fenómenos atmosféricos extremos, repetirmos o passado trágico. Não surpreende.
Existe sempre a possibilidade de, à semelhança de alguns governantes e políticos, apelar a um ser supremo que nos poupe às conjugações diabólicas, que diminua o calor e que mande chuva regularmente...
Nestes dias as preces têm resultado...
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