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Análise do quotidiano, da nossa vida, dos nossos dias, da actualidade e afins... sem filtros e sem preconceitos. Um destes dias iremos ter receitas também...E frase do dia e essas coisas...
Durante anos lutei contra o sangue nortenho...
O sentimento de que o resto do país era injustiçado em prol da capital do império...
No fundo o país é pequeno. Não temos a dimensão de Espanha, somos só 10 milhões e os sentimentos futebolísticos são apenas dores paroquiais...
E apesar dos "spill overs" euro comunitários, das benesses da capital, do centralismo governamental e ministerial, sempre acreditei que as premissas constitucionais garantiam uma descentralização necessária para a boa organização do país...
Até hoje...
Odemira recuou no confinamento, em Montalegre recua-se no desconfinamento, em Resende recua-se no desconfinamento, em Lamego recua-se no desconfinamento, em Arganil recua-se no desconfinamento. Em Lisboa e Vale do Tejo reforça-se a vacinação para os maiores de 30 anos...
Dois pesos e duas medidas... Este centralismo é discriminação, é uma cegueira com a conivência da nossa centralista Comunicação Social...
Absolutamente lamentável...
Regionalização já.
Hoje, apesar de todos os pensamentos que me assolam num momento particular do meu percurso por este rochedo, venho dar-vos a conhecer o novo álbum do Homem em Catarse (Afonso Dorido), Sete Fontes.
Bem sei que as mentes mais provocadoras vão dizer, então mas estás a dar tempo de antena a um "men de Braga"? Sim estou!
É das coisas mais bonitas que já ouvi. E todo ele feito em piano.
Segundo palavras do próprio é um álbum melancólico mas intenso. Descobri-o hoje de madrugada quando me dirigia para o "trabalho" naquela que é a melhor rádio do mundo, a Antena 3. E que bem que me fez para começar o dia com outro espírito...
Ontem tivemos um breve vislumbre do país que somos e que teimamos em manter...
Ao serão, todos (ou quase todos) vimos e rimos com a sátira que Ricardo Araújo Pereira fez com o senhor que é administrador de umas quantas empresas, que pelos vistos não tem bem a certeza que é (administrador) e que, alegadamente, deu um pequeno calote ao Novo Banco (foram só 560 milhões) apesar de, pelos vistos, não ter nada em seu nome e não ter grandes posses mas isso ele também não tem grandes certezas disso...
O senhor, de seu nome Bernardo Moniz da Maia, teve a maçada de ir uma tarde à A.R. responder a umas coisas aos deputados, foi enxovalhado por uns quantos, incluindo a Dra Mariana Mortágua, e o país riu-se, merecidamente diga-se...
Nós portugueses passamos um bom bocado a escarniar sobre estes personagens, generalizamos sobre "a gatunagem destes magnatas", os populistas de serviço manifestam-se contra a podridão do sistema e a nossa esquerda enche o peito triunfante (com a sua habitual superioridade moral) contra o "grande capital"...
Em contrapartida, a divida vai ser perdoada, o senhor vai manter o iate, as casas, os carros, as viagens, o estilo de vida e demais mordomias...
No fundo o país ri-se do senhor durante uns dias e o senhor ri-se do país para o resto da vida...
Há coisas piores... só é pena eu viver aqui...
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