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TAP, haverá um amanhã?!

por Mélinha, em 22.06.20

 

 

Nestes últimos dias, só se tem falado do Pedro Lima ( paz à sua alma, com todo o respeito merecido e não julguem ninguém...) , O porquê ou porque não.... Não me compete falar.... Mas ele conseguiu colocar-me ainda mais atenta...ao que se passa no nosso país e no mundoe , numa escala mais pequena, mas de extrema importância, olhar para os meus colegas.

E ao contrário do que diziam e quase me vendiam, a pandemia não deixou as pessoas melhores , só mais refinadas...😟

Ora pensemos....

Nos últimos tempos, a empresa para a qual eu trabalho e dou a camisola por ela - a TAP , tem sido maltratada e maldita por muitos, quase todos os portugueses.

Sim, até concordo que não é vital ao ser humano. Qualquer pessoa passa bem sem viajar.

Foi assim durante centenas de anos para a humanidade, porque era quase inimaginável e para alguns impossível.

Foi assim durante décadas, porque era considerado um luxo, e enquanto era considerado tal a TAP era a maior...

Com o aparecimento das lowcoast tudo modificou - para o bem e para o mal...

A TAP,  teve de crescer e reajustar-se aos novos tempos. 

Uma empresa de bandeira, sim senhor e com muito orgulho a transportamos, mas temos de ser realista, transportamos o orgulho português da Europa para os outros continentes.

Alguém consegue ver a diferença?!

As lowcoast voam ,sobretudo dentro da Europa e , como tal, é impossível fazer frente, tendo em conta a gestão de aviões, de pessoal ( que não é assim tão glamoroso como pintam...) e o tipo de vendas que fazem - do ponto A para o ponto B, sempre com voos de curta duração. 

A TAP é um pooooouco mais complexo....mas vamos simplificar. 

A TAP tem voos de E para A a passar por P. 

Matemáticamente falando E+P=A ou A +P = E ,E = Europa, P=Portugal e A = Américas e África.

Será que dá para entender o porquê de tão poucos voos a voar?! 

Se a América do Norte e do Sul estão com as fronteiras fechadas  e a África também, porque querem ter voos a voarem vazios?!

Esta é uma verdade simplista.

A TAP voa na Europa, para fazer transporte de pessoas, sim senhor, mas a maioria, não vinha para Portugal....seguiam a viagem  para outros continentes.

Na realidade, todas as grandes companhias aéreas europeias estão a fazer o mesmo!!! Qual é a diferença que a TAP também o faça?! Se as outras grandes companhias aéreas têm uma injeção de capital, porque também não a podemos ter?! 

Agora vamos à parte humana ,porque não sou a pessoa indicada para discutir política, nem gestão,nem economia, deixo para os entendidos, eu 🤐.

A parte humana, e apesar de todos andarem muito ariscos, tenho de fazer este desabafo.

Já alguém, que tenha um pouco de consciência, se lembrou que a TAP não é só aviões, aeroportos, dinheiros, políticas e interesses económicos?!

Já alguém se lembrou dos quase 10 000 trabalhadores, são pessoas, são seres humanos com famílias, com sentimentos, com medos, com desespero, que tinham o seu ordenado para pagar as suas contas e que de um momento para o outro puffff.... Mais , nós estamos habituados a andar a 80km/h e de repente ,fomos obrigados a passar a andar a 8 😟 não a 2 à hora 😲😩.

O turismo foi muito abalado....e de que é que o país sobrevive ?!

TURISMO

Mas, no turismo, uns mais do que outros, são afetados.

Nós da TAP somos muiiito afetados.

Para , a grande maioria, continua em layoff desde 02 de Abril.

Para a grande maioria, ou tem um pé de meia, ou excelente "donas de casa à moda antiga" ou torna-se muito difícil manter as contas pagas.

Infelizmente, para muitos, a vergonha fala mais alto.  

Estão desesperados e não o dizem abertamente. 

Os mais atentos, ouvem  e lêem as palavras de desalento.

Já pensaram ( e volto a frisar, com todo e maior respeito) que poderão ter muitos Pedro Lima, na TAP e em todas as empresas que a rodeiam ?!

Antes de vomitarem o vosso ódio de estimação pela TAP, pensem só nisto :

- +/- 10 000 trabalhadores da TAP

- ....catering

-.... empresa de limpeza

- lavandarias

- empresa de combustível

- empresa de handling

- hotelaria 

- restauração

- banca 

-Viticultores ( todo o vinho servido a bordo é português)

.....

- estado ( pois não iríamos descontar para os impostos nem para a segurança social....)

 

Quantos mil seriam dispensados . Onde acham que iriam parar? O que acham que poderia acontecer ?!

É uma loucura tal, que o meu pensamento tem medo de pensar...

Estou desapontada com a malícia que muitos tratam o assunto TAP.

Deixem-se de politiquices, dêem uma solução a esta situação que se desenrola há demasiado tempo.

A maior parte dos trabalhadores sentem-se ofendidos diariamente.

Estamos aqui para dar o nosso melhor - SEMPRE.

Estamos a fazer filmes na nossa cabeça, diariamente, agora penso que vira terror.

Estar em layoff, entendo. Estar sem resposta por parte dos nossos governantes 😭 é desesperante.

Infelizmente, o desespero tolda o discernimento....

Ninguém gosta de ser maltratado.

Obrigada Pedro Ribeiro, da Rádio Comercial pela excelente ideia.... Aqui vão os números de telefone que poderão ajudar SOS VOZ AMIGA 213 544 545 / 808 237 327 / 225506070 Não se esqueçam colegas, não deixem que tudo isto vos afetem

E , no meu pequeno ciclo vou estando atenta ☺️. Mas todos, TAP e não TAP, gostaríamos de ver esta novela finalizada. Haverá TAP amanhã ?!

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publicado às 21:16

As frustrações do Covid

por O mar de Espinho, em 22.06.20

Fugindo um pouco das minhas habituais crónicas, hoje venho escrever sobre o "em nome de". Não, não é uma crónica sobre a canção Killing In The Name Of dos RATM.

Tenho vindo a fartar-me de cada vez mais notícias de destruição de património em nome do racismo, xenofobia e mais alguma coisa que se lembrem.

Eu sei que muitas destas atitudes têm como fonte as frustrações acumuladas pelas pessoas em tempos de Covid- confinamento, quebra de rendimento, perda de emprego, falta de paciência e muito mais, mas caramba.
Parece que estamos cada vez mais numa sociedade de “não concordas comigo… estás feito”.

Em relação ao racismo dentro de portas, antes de mais entenda-se de uma vez por todas- não há portugueses “puros”. Não temos de tratar ninguém de forma diferente pela cor da sua pele- atenção que só me meto de vez em quando com a Joacine, apenas porque a senhora, para mim, é parva; mas também o é o menino André.

Isto começou por ser, desde que a história se lembra um território chamado de Lusitânia- território que ia desde o rio Tejo até à costa cantábrica. Depois vieram os Romanos, mais tarde Viriato que lhe fez guerra e sai derrotado. Depois o Império Romano estabelece-se, desagrega-se e vêm para cá os mouros- eram para ter sido iranianos, mas vieram os visigodos. A seguir vem um conde do norte da Europa que casa com uma espanhola, têm um filho que se chateia com a mãe e daí à “independência” é um salto- lá foi ele e os seus descendentes, contra os mouros que por cá andavam (racistas).
Hoje temos uma sociedade que nos seus traços físicos tem evidências vindas do norte de África e do norte da Europa, para não falar do Centro e Sul. Também há quem ainda possua traços físicos oriundos de África e América do Sul. Caramba, eramos a verdadeira sociedade global e não sabíamos e agora queremo-nos revoltar contra as nossas origens? Tenham dó.

Este fenómeno tem tido o seu expoente máximo nos Estados Unidos, onde após a morte às mãos da polícia de um senhor negro, explodiu.

Não vou teorizar sobre a morte em si do senhor, mas sim sobre uma das consequências desta situação que é a destruição massiva de património, nos Estados Unidos e na Europa, em nome do racismo. Parecido com aqueles senhores no Afeganistão que destruíram massivamente património em nome do racismo (religioso) e que despoletou uma guerra de uma coligação de países liderados pelos… (rufem os tambores), Estados Unidos (aqueles talibans eram uns malandros).

Como alguém já disse algures, vamos agora destruir as pirâmides do Egipto, só porque foram construídas pelos judeus, escravizados pelos egípcios por serem um povo inferior. Ahh não que afinal foram eles que “fundaram” a finança.
Vamos destruir Petra só porque quem construiu foram os árabes nabateus e agora descobrimos que estes, afinal eram uns malandros da pior espécie? Ah, mas esperem aí- a cidade é linda e é cor de rosa e dá umas fotos fantásticas no Instagram.

Contexto gente, contexto. A História dá-se no contexto de determinados acontecimentos. Deixem lá o património- bom ou mau, serve de memória. Os campos de concentração foram preservados para memória- um exemplo do que jamais pode voltar a acontecer. Não podemos destruir património, só porque hoje não agrada, mas amanhã pode.

Deixem lá a estátua do Theodore Roosevelt em paz.

Tenho um amigo que uma vez teve uma expressão "deliciosa" sobre o estado do nosso país, no contexto da última  intervenção do FMI, que era "Portugal podia ser um país fantástico; se em vez de portugueses, tivesse suecos." Eu hoje digo que tinhamos um mundo fantástico, se vivessemos no mundo das redes sociais.

Ontem ouvi o antigo presidente Barack Obama referir a propósito do ativismo, que hoje ao limitamo-nos a escrever os 280 caracteres no Twitter, não estamos a fazer mais do que a atirar umas pedras a algo. Escrevemos, mandamos a bujarda e sentimo-nos bem connosco próprios. E depois temos muitos likes- ahhh é um orgasmo mental; somos os maiores. O ativismo não é isto- é pensar, discutir, encontrar soluções em conjunto para um problema comum, colaborar. Mas não. O que fazemos é apenas escrever e dizer que, sou eu que tenho razão. Ler, colocar likes e ir atrás- sociedade "carneiristíca".  Espera aí; será que é o que estou a fazer?

 

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publicado às 16:46

Música Para Sempre... Ao Vivo

por O mar de Espinho, em 22.06.20

Ora quem muito bem me conhece, sabe que o meu grande escape é a música.

Esta, para mim e muitas vezes, é como a válvula da panela de pressão- começo a ouvir uma música e entro noutra realidade onde por exemplo alguma frustração ou um outro qualquer sentimento se desvanece perante a forma, como uma determinada música é interpretada, vocal ou musicalmente.

O video de hoje é exemplo disso- Black dos Pearl Jam. Sobre a frustração/irritação falamos já a seguir na próxima publicação.

Sobre a música, foi gravada em demo ainda antes da banda existir por Stone Gossard (guitarra rítmica)- gravou 5 demos numa cassete, sendo esta conhecida como E Ballad. Esta cassete começou a circular pelo meio da música, na esperança de encontrar um vocalista e um baterista para a futura banda que se viria a chamar Pearl Jam.

Esta cassete foi parar às mãos de Eddie Vedder que grava a voz para 3 demos "Once" "Alive" e "Footsteps" e a devolve a Gossard. Daí a viajar para Seattle de forma a juntar-se à banda (trabalhava numa bomba de gasolina em San Diego) foi um salto. No caminho escreve a letra para E Ballad, que viria a ser renomeada para Black.

Mais tarde é incluída no album de estreia da banda "Ten", assim como "Once" e "Alive".

Neste concerto em 1992, a interpretação de Eddie Vedder que com a sua voz poderosa, murmurando as palavras e como quem entra em transe, a relativa indisciplina de toda a banda que se traduz no gosto com que tocam, aquela bateria que evolui com a música, as nuances de McCready, o baixo de Ament, culminaram nesta apresentação.

 

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publicado às 14:16

Frase para o dia ... carpe Diem

por Mélinha, em 22.06.20

Carpe Diem

 

Viver o agora.

Viver o momento.

Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.

O agora é garantido o amanhã, só Deus saberá.

 Hoje vou fazer o que sempre faço. Aproveitar o dia o melhor que puder; fazer o melhor que posso e SER FELIZ 

 

Amém

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publicado às 08:27



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